A importância das vacinas

Iniciámos o ano civil com um tema de primordial importância, que é o uso de vacinas. Antes de termos acesso às vacinas a medicina tentava defender-nos reforçando as defesas naturais, i.e. os Linfócitos B. A vacina protege-nos contra Vírus e Bactérias, mas foi preciso primeiro saber-se quais os microorganismos das doenças em causa.

Edward Jenner (1796) descobre que uma leiteira não contrai varíola contraindo outra doença, por ordenhar vacas. Aprofundando o seu conhecimento chegou à criação da Vacina contra a Varíola que entretanto   dizimou milhões de pessoas.
Avançando no estudo, foi possível ir identificando e isolando vários vírus e bactérias de forma a podermos aumentar a nossa imunização contra:
- Tuberculose
- Tétano
- Difteria
- Tosse convulsa ou Coqueluche
- Poliomielite
- Sarampo
- Rubéola
- Papeira
- Doença Meningocócica
- Hepatites
- Gripe
- HPV- Vírus do Papiloma Humano
A vacinação foi sendo implementada progressivamente, começando com baixa cobertura, i.e. vacinando  os grupos de risco mais elevado, como por exemplo,o pessoal médico, passando depois à cobertura em massa.
As estatísticas mostram que o resultado da vacinação associado à melhoria das condições de vida e  higiene,bem como a água potável têm vindo a permitir  obter excelentes resultados.
A Tuberculose com a vacina  BCG ministrada à nascença deixou de ser o flagelo designado por peste cinzenta e hoje, no nosso país está bastante circunscrita e tem tratamento, sendo a prevenção pela vacina o melhor caminho para a protecção.
Tétano, doença terrível, teve a vacina introduzida em Portugal em 1965 e o último caso reportado foi em 1997.
Tosse Convulsa teve o início da vacinação em 1960 com baixa cobertura passando em 1965 a cobertura em massa. Hoje praticamente desapareceu.
Polipoliomielite ou Paralisia Infantil teve também o início de vacinação em 1960 e desde então veio a decrescer o número de casos, sendo o último reportado em 1986.
-O Sarampo tem a particularidade de ser combatido com total sucesso pela vacina o que  é muito raro acontecer,  pois a imunização é de 100%. Desapareceu praticamente desde 1996.
-A Rubéola não tem tratamento específico mas com a vacinação praticamente desapareceu em Portugal.
-A Papeira com a vacinação teve  também um decréscimo  muito significativo.
-A Doença Meningocócica  desde 2000/2001 com vacinação há um mínimo de casos.
-As Hepatites são processos inflamatórios do fígado e existem vários tipos, mas a vacinação é essencial para a Hepatite B, salvando vidas.
-A Gripe,por se tratar de um vírus mutante obriga a vacinação anual, e não garante a imunização completa, mas é recomendável aos maiores de 65 anos e a todos os que se movimentam em meios hospitalares ou locais públicos  densamente humanizados.
-O HPV trata-se de um vírus que poderá derivar em cancro quando atacar orgãos genitais femininos ou masculinos pelo que está a ser ministrada a vacina progressivamente aos jovens no nosso país.
Muito embora a vacinação possa estar contra-indicada em casos de pessoas com deficiência nos leucócitos, portadoras de lúpus ou artrite reumatóide por exemplo, devemos manter as vacinas dentro da validade e recomendar aos nossos filhos e netos o cumprimento do programa oficial de vacinação pois "VACINAR É PROTEGER".
Suzete Rego
21 de Janeiro 2019

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