Doenças Reumáticas

Dada a extensão do assunto foi escolhido um número reduzido de patologias para exemplificar:

-Causas

-Factores de Risco

-Sintomas

-Diagnóstico e Prevenção

-Tratamentos medicamentosos ou não

Existem cerca de 150 patologias relativas aos cerca de 200 ossos e cerca de 140 músculos que existem no nosso corpo.

As mais vulgares são: –Arterose, Fibromialgia, Osteoporose e Doenças da coluna vertebral.

Menos frequentes: – Arterite reumatóide, Febre reumática e Gota.

Estas patologias atingem uma grande percentagem da população e são responsáveis por cerca de 35 a 40% das reformas antecipadas.

O aparecimento da doença tem em muitos casos a ver com a qualidade de vida e envelhecimento, muito embora a Febre Reumática atinja jovens, provocando problemas cardíacos.

Em geral as queixas mais comuns são rigidez e deformação articulares.

As causas são muitas vezes Degenerativas e os factores agravantes podem ser:

-Traumatismos, Obesidade, Sedentarismo, Stress emocional, Depressão e Alterações climáticas, por exemplo.

ARTROSE: Tem causa degenerativa e é contraída em geral por pessoas com mais de 60 anos. Ocorre um desgaste nas cartilagens: -Mãos, Joelhos, Ancas e Coluna. Provoca Dor, Deformação Óssea e Rigidez Articular. São factores de risco: – Hereditariedade, Idade, Sexo Feminino, Obesidade, Traumatismos. Há actividades profissionais que são também factor de risco, como por exemplo: Bailarinos, Estivadores ou Jogadores de Râguebi.

Os sintomas mais frequentes são: Dor ( sobretudo  durante o dia, que alivia com o repouso), mobilidade diminuída, rigidez, deformação, sensação de instabilidade e insegurança. Em estado avançado é incapacitante.

Prevenção: Cama dura, dormir em decúbito dorsal, não permanecer muito tempo de pé ou sentado, não usar sofá nem poltrona mas sim cadeira direita e colocar os pés no chão, pescoço levantado, evitar objectos pesados, dobrar os joelhos para nos baixarmos e usar saltos baixos.

Tratamento não medicamentoso: Perder peso, exercício físico, cintas de imobilização, calçado adequado, calor húmido e há um novo tratamento de campo magnético.

Medicamentoso: -Analgésico (Paracetamol sem consequências nefastas), Anti-inflamatórios, Opióides e Corticóides  ( a usar com cuidado), Glucosamina (a usar em fase inicial e por longo tempo).

Cirúrgico: Casos graves. Arteroplastia, há próteses evoluídas de titânio e polietileno que poderão durar 30 anos.

FIBROMIALGIA: Está ainda mal diagnosticada pois foi reconhecida nos anos 70/80 do século passado. Aparece em qualquer idade, mais frequente entre os 40 e os 60 anos. Há um mal estar com dor em todo o corpo pela manhã.

São factores determinantes diversos como por exemplo: Genéticos, Inflamação por vírus doenças auto-imunes, ansiedade, depressão, perturbação do sono e traumatismo físico e psicológico. Atinge cerca de 5 a 8% dos idosos em Portugal.

Sintomas: Dor inespecífica em todo o corpo por mais de 3 meses. Fadiga durante o dia. Sono  perturbado pela dor, dificuldade em adormecer, intolerância ao frio e ao calor, espasmos musculares e bexiga hiperactiva. Há pontos dolorosos à palpação, como por exemplo:- Base do cérebro, umbigo, axilas, nádegas etc…

Teorias recentes apontam para o cérebro ter reacção excessiva à dor em relação ao comummente verificado. Não tem cura. Melhora muito com tratamento medicamentoso.

OSTEOPOROSE: Mais frequente que a anterior caracteriza-se pela redução da densidade mineral óssea. Avança com a idade, e em estado avançado pode partir com um impacto mínimo, fazendo fractura resultante de pequeno traumatismo. Pode não causar dor mesmo com deformidade.

A vitamina D (D3) é essencial para a fixação do cálcio e é recomendável que ocorra exposição solar de pernas, braços e rosto 5 dias por semana cerca de 20 minutos.

A massa óssea atinge o seu máximo pelos 20 anos e começa e diminuir a partir dos 50 anos.  As mulheres na menopausa têm redução de estrogénios que fixavam o cálcio nos ossos.

São sintomas, um andar arrastado com ou sem dor e um traumatismo que provoca fractura. Deve haver avaliação para se poder tomar medicamentos.

Complicações: fracturas ósseas a qualquer nível, dor crónica, diminuição de estatura, dependência de terceiros, necessidade de auxiliares de marcha e deformidades ósseas.

Factores de risco: Podem ser modificáveis ou não modificáveis, sendo os não modificáveis a idade (acima dos 65 anos), magreza, baixa estatura e sexo feminino. Quanto aos modificáveis temos: sedentarismo, alcoolismo, tabagismo, menopausa precoce, fármacos, dieta pobre em cálcio e vitamina D e exposição solar.

Diagnóstico: Densitometria.

O desvio padrão é >2,5 . Massa óssea menos de 10 a 25% .

Suzete Rego

29/04/201929

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